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quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Qual a função dos cilindros de espuma que vêm com os vários modelos de colunas B&W?

Hoje em dia a grande maioria das colunas reproduzem os seus graves mais profundos graças a um sistema inventado à muito anos e designado por baixo-reflex. Este sistema consiste numa abertura efectuada na caixa e mais não é, que uma forma de deixar que o ar que se encontra dentro da mesma possa fluir para o exterior, aproveitando-se esse facto, para que através do diâmetro e comprimento do respectivo tubo, se efectue uma afinação de frequência, para que o baixo-reflex acabe por funcionar como uma unidade de extensão em frequência da principal unidade de graves.


Esta foi a forma encontrada para adelgaçar as colunas, que antigamente mais pareciam autênticas caixas de sapatos gigantes, sem comprometer a extenção de graves. Para além do mais este sistema oferece maior sensibilidade e possibilidade de utilizar potências superiores devido ao menor trabalho dos woofers. Ora todos nós sabemos que quanto maior for a largura da área frontal de uma coluna, maiores vão ser os problemas, para que a mesma ‘desapareça’ no seu acto mágico de recriar palco devido a questões de difracção do som. É por este motivo que as pequenas monitoras têm a fama de recriar esta ilusão mais facilmente e foi por esta razão aliada às questões da estética moderna, que levou à adopção deste sistema em mais de 90% das colunas existentes actualmente.


Considero que as salas têm muita importância na resposta em frequência das colunas e esta interacção é responsável por uma parcela significativa do som final que se ouve.

Tendo a Bowers & Wilkins perfeito conhecimento desta questão, decidiu de algum tempo a esta parte, dotar os modelos das suas colunas com cilindros de esponja que mais não são que processos de tentar que cada utilizador, tenha ainda uma possibilidade final de ajustar a resposta das suas colunas à respectiva sala.

Nos modelos mais recentes esses cilindros vêm subdivididos, permitindo um ajuste mais fino. Desta forma podemos tentar controlar melhor a resposta de graves da coluna e fazê-lo por etapas consoante a dimensão do problema que tentamos atacar.

Basta imaginar que a resposta em frequência é medida sem proximidade das paredes, enquanto na maioria dos casos e muita das vezes por razões de natureza meramente estética, somos confrontados com a necessidade de colocar uma par de 684 ou 683 a um palmo da parede traseira.

É aqui que entram estes cilindros de espuma e se nunca leu o manual das colunas, aqui ficam os gráficos de resposta, que mostram a alteração segundo cada uma das opções de utilização efectuadas, quer pela utilização do cilindro externo, quer pela utilização do externo e interno, quer ainda pelo somatório da utilização dos cilindros nos dois pórticos.

Os gráficos são compostos por uma linha vertical que representa o ganho (expresso em dB’s, embora não seja visivel) e uma horizontal que representa a frequência ou seja a extensão (expressa em Hz) propriamente dita.

O ideal é que tais dispositivos não sejam necessários, mas se as colunas tiverem que ficar excessivamente próximas das paredes e o grave tiver tendência para fazer das suas, então faça umas experiências… não paga mais por isso.