Audio para um mundo em rede

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domingo, 28 de março de 2010

Audioshow 2010 - Mais próximo do som real

Quem vai a um audioshow por vezes não faz a mínima ideia do desafio que representa para os profissionais a montagem dos sistemas que por lá se ouvem.


É quase sempre um tiro no escuro, principalmente se é a primeira vez que tal aventura decorre numa sala desconhecida. Os que me conhecem sabem que defendo a teoria que as salas ditam muito do que se ouve num sistema. O sistema é tão bom quanto o seu elo mais fraco e muitas das vezes o elo mais fraco é a sala.

Este ano as coisas poderiam ter sido muito complicadas, o que dada a responsabilidade da apresentação da nova série de topo da Bowers & Wilkins, era meio caminho andado para nos trazer literalmente ‘amargos de boca’. Tudo o que não é preciso quando se pretende demonstrar o estado da arte em matéria de reprodução áudio.


Acresce a tudo isto, que apenas num dia, se tem de tentar corrigir a sala, moldar o som do equipamento e procurar criar uma apresentação condigna. Mais… o som tem que estar relativamente homogéneo para um grupo alargado de pessoas. O tipo de música que se passa tem que ser abrangente de forma que na lotaria de quem entra e ‘aguenta’ 2 ou 3 músicas, pelo menos uma delas seja do seu agrado. Nem sempre tal é possível e acabamos por ter quem refila porque só se passam ‘xaropadas’ audiófilas e o ‘audiófilo’ que refila porque ‘aquilo lá é música para demonstrar sistemas’. Ainda existem os discos pedidos (que normalmente não recuso, principalmente se o sistema está tonalmente bem equilibrado, como foi o caso este ano), mas que por vezes são gravações de bradar aos céus, levando a que alguém que entra na altura possa ficar com a ideia completamente errada do sistema.

A sala que escolhemos este ano numa colaboração da B&W Espanha com a Viasónica, deixava-me grandes receios devido a comportamentos anteriores da mesma com colunas de outros expositores e rapidamente percebi que as coisas não iam ser nada fáceis.

Com as colunas colocadas num posicionamento ‘normal’, o resultado era uma gama média de fazer ranger os dentes, tal a sua dureza, um grave superior tipo 'caixote de sabão' sem articulação, seguido de um grave profundo inexistente. Agudos de diamante maravilhosos? Nem ouvi-los, tal a gravidade do resto do espectro.

Coloca-se o sistema a disparar à largura da sala e… pior era impossível. Estávamos em dificuldades e nem um milagre nos safaria.
Mas quem anda nisto, sabe que para grandes males grandes remédios.

Colunas bem para o terço da sala (a mais de 2m das paredes do fundo), tapar espelhos e criar zonas falsas de parede para quebrar os modos de ressonância. E voilá!... O sistema ganha finalmente equilíbrio tonal (para mim a base de tudo). Só então os pequenos ajustes de posicionamento, troca de cabos, verificação da polaridade da corrente e isolamento dos aparelhos entre outras coisas, começam a fazer sentido.

O resultado final foi uma delícia, principalmente sábado e domingo, quando tivemos finalmente a oportunidade de trocar o CDP-102 pelo 202, que veio trazer um pouco mais de tudo ao sistema.

A neutralidade e maior coerência das novas 800 pôde finalmente vir ao de cimo, com aqueles agudos a puderam finalmente afirmar, que …’melhor é impossível.’

Agradecimentos:

Não queria deixar em claro a oportunidade de agradecer à AudioDesigner http://www.audiodesigner.eu/ na pessoa do Marcelo Tavares, alguém em quem eu confio totalmente em termos da mistura entre a sensibilidade auditiva, conhecimento de acústica, paixão pela música e bondade humana. Foi ele que teve do nosso lado na análise da ‘resposta da sala’ e foi com a sua ajuda, que este ano foi travado o ‘duelo com a mesma’.

Quando é que muitos dos audiófilos vão finalmente perceber que …'sometimes it’s really the room’

Queria também deixar uma nota de agradecimento à Vicoustic http://www.vicoustic.com/ na pessoa do Engº Jorge Castro, por nos ter cedido os painéis de tratamento dos espelhos e que acabaram por servir para ajudar mais uma ou duas salas de expositores em dificuldades.


E por ultimo, à Viasónica http://www.viasonica.pt/ , que acumula anos de sucesso e sabedoria no mercado nacional. Tornando-se este ano na loja que defende a nova série 800 em Lisboa e a dois clientes seus em particular, que de forma indirecta contribuíram para o sucesso da nossa apresentação.

Fotos cedidas por Sérgio RZ http://viciaudio.blogspot.com/

domingo, 14 de março de 2010

B&W Espanha e Viasonica, apresentam nova série 800 Diamond


O Audioshow está aí à porta. O primeiro que contará oficialmente com a presença da Bowers & Wilkins, após a passagem da representação para a subsidiária espanhola do grupo de marcas.


Felicidade do destino, já que é igualmente o momento de apresentação em Portugal da nova série 800 Diamond, que promete dar continuidade a uma tradição de desempenho superlativo, espelhado no facto de esta ser a linha de colunas high-end mais vendida em todo o mundo.

Ora, o que já era superlativo está agora ainda melhor e aperfeiçoado.

É pois com orgulho que a B&W Espanha em parceria com a Viasónica, seu agente exclusivo para a série 800 Diamond em Lisboa, marcará presença neste evento, com o intuito de demonstrar todo o potencial destas fantásticas colunas.




Mas não nos ficamos por aqui. Por detrás de uma grande coluna deverá estar sempre uma grande amplificação e desta vez a debutar com as 800 Diamond, vamos ter os novos monoblocos CT-M600 da Classé na sua versão de instalação. Estes monoblocos que trazem maior potência e inovação nos circuitos de amplificação e refrigeração, garantem uma evolução sónica relativamente à ‘tradicional’ série Delta, prometendo estar á altura de tão ilustres colunas.




Do que já ouvi, parece-me que temos ingredientes para fazer um belo som, assim a sala nos dê espaço de manobra para tal.

Esperamos pois que nos proporcione o prazer da sua visita, em mais um evento que marca como sempre o ano audiófilo nacional e que não deverá perder.