Audio para um mundo em rede

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quinta-feira, 31 de março de 2011

Audio Show 2011 em rescaldo

O Audioshow 2011 já lá vai, compete-me agora fazer um resumo do que mais importante se passou no certame deste ano.
Antes de mais e apesar de estarmos mergulhados numa crise de que não há memória, este ano e após o regresso a Lisboa, o Audioshow contou com uma presença vigorosa tanto no que diz respeito a sistemas e ao calibre dos mesmos, como ao número de visitantes. Algo que é sempre de saudar e uma nítida mostra de força do mercado nacional no que à tentativa de contornar a crise diz respeito.

Da nossa parte contámos com a presença do gestor de produto da marca em Espanha, Andrés Marquez, que se mostrou surpreendido, por um lado com a falta de expositores com cinema em casa, mas em simultâneo com a afluência e interesse mostrado em redor dos sistemas estéreo em Portugal.


Aproveitámos igualmente a sua presença para fazer algumas demonstrações pontuais da capacidade de sonorização multi-sala dos dois Zeppelin Air expostos, através da reprodução de músicas diferenciadas, controladas via wireless a partir do iPhone.


Em relação ao sistema principal, foi a guerra do costume. Gostaria de ter tido tempo para poder medir e publicar aqui, a diferença de resposta em frequência do sistema entre a primeira vez que foi colocado na sala e o resultado final, principalmente a partir de sábado, onde o sistema melhorou bastante graças à introdução do cabo de interligação Shotgun da MIT.


É que na colocação inicial, a sala ‘chupava’ literalmente os graves, roubando por completo qualquer sensação de impacto e envolvimento. Após muitas horas de trabalho e análise lá se descobriu o que gerava tal situação e o sistema começou a crescer, podendo afirmar sem falsas modéstias, que terminou a muito bom nível.

Aliás era nosso objectivo principal, continuar a demonstrar que a terceira encarnação da série 800 da Bowers & Wilkins, deu efectivamente o maior salto qualitativo de sempre, colocando agora todos em sintonia, no que diz respeito à melhoria significativa da performance sónica e isto mantendo preços bem mais realistas dentro panorama do high-end.

Outro dos objectivos plenamente alcançados e inerente à qualidade global do som do sistema, foi a apresentação da nova linha de amplificação Classé, que começa a receber excelentes críticas um pouco por todo o mundo, resultado de uma alteração profunda na topologia do circuito empregue e desenvolvida originalmente para a série CT da marca.


Por sua vez o novo prévio CP-800 ainda em fase de protótipo, mostrou em primeiro lugar que tem integrado um conversor assíncrono de alto nível, pois tive oportunidade de o testar individualmente antes do show abrir portas. Em segundo, que vai representar uma evolução significativa para a maioria dos leitores de CD’s actualmente existentes, permitindo não apenas melhorar o desempenho do conversor residente, como converter ficheiros de alta resolução e ler com excelente desempenho (como pude constatar) ficheiros a partir do iPod ou iPhone. Pena foi que o firmware ainda fosse uma versão Beta, o que não permitiu ‘brincar’ com o equalizador paramétrico de baixas frequências para adaptação da resposta à sala (bem falta chegou a fazer) e uma série de outras mais-valias que nos apresenta este prévio do futuro. Esta é uma unidade, que estou certo irá dar muito que falar nos próximos tempos.

Resta-me os agradecimentos, que este ano se repartem, pela Viasónica, que fez um excelente trabalho na demonstração das 800 Diamond e que mais uma vez foram incansáveis na colaboração prestada http://www.viasonica.pt/



À Digimagem que cedeu algum do belíssimo mobiliário de áudio que constrói por medida http://www.digimagem.pt/engine.php?cat=32, para além dos painéis acústicos que mais uma vez tão importantes se revelaram no tratamento da sala.


E claro está ao Andrés Marquez que muito contribuiu para que tudo funcionasse na perfeição.


Para o ano há mais… até lá.