Tinha dito eu neste espaço a propósito do Audio Show de Lisboa, que apresentar produtos superlativos em salas desconhecidas é sempre um risco e Aveiro não foi excepção.
O que parecia uma sala domesticável por apenas apresentar uma acústica viva, consequentemente mais facilmente tratável com a introdução de tapetes, cadeiras e uns já habituais painéis amortecedores, acabou por se revelar uma dor de cabeça nos graves, com picos acentuados em redor dos 80 e 60Hz, que se agravavam em determinadas zonas (lateral direita), e ainda com desequilíbrios provocados por cancelamentos acústicos na segunda fila de cadeiras.
Contra isto, nada (ou quase nada há a fazer). Ganhou-se em limpeza e definição o que se perdeu em equilíbrio tonal geral e na articulação do grave. Ganharam também, as massas orquestrais, os coros, as vozes e a simplicidade, perderam, o som directo, os impactos e as complexidades da música.
A sala complexa tornou-se fácil em Lisboa, a fácil, tornou-se problemática em Aveiro.
Mesmo assim quem pôde estar no ponto de afinação (a cadeira central da frente) por certo percebeu o quão mais evoluídas, transparentes, naturais e refinadas são as colunas da nova série 800.
E aquele agudo!… perfect.